Yamaha XSR900 GP 2024: Nasceu um novo ícone!
Para 2024, a referência à tradição de competição da Yamaha vai mais além com a apresentação da nova XSR900 GP, que presta homenagem a algumas das mais celebradas motos de competição do ilustre passado da Yamaha de forma nunca antes vista na gama Sport Heritage.
A competição está no ADN da Yamaha desde o iníco. A primeira moto de sempre da Yamaha, a YA-1, venceu a Mount Fuji Ascent Race em 1955, pouco depois da fundação da empresa. Desde então, a Yamaha acumulou inúmeras vitórias a todos os níveis, desde as provas amadoras locais até à primeira categoria de Grandes Prémios.
Lançada em 2016, a XSR900 conta com sugestões subtis do pedigree de competição da Yamaha. Em 2021, a última geração da XSR900 foi um pouco mais longe, com elementos de design inspirados diretamente nas motos de competição das décadas de 1980 e 1990, mantendo a sua posição enquanto Heritage Roadster.
Para 2024, a referência à tradição de competição da Yamaha vai mais além com a apresentação da nova XSR900 GP, que presta homenagem a algumas das mais celebradas máquinas de competição do ilustre passado da Yamaha de forma nunca antes vista na gama Sport Heritage.
Ao combinar a sensação de nostalgia dos Grandes Prémios da década de 1980 com a mais recente tecnologia, incluindo o emblemático motor CP3 de 890cc da Yamaha, a unidade IMU de 6 eixos derivada da R1 e as ajudas à condução sensíveis à inclinação, a XSR900 GP personifica a história de competição da Yamaha sem sacrificar a performance dos tempos modernos.
Nascida do respeito
O provérbio inglês “Manners Maketh Man” (algo como “A instrução e a educação trazem ao homem consideração”) resulta de um entendimento partilhado de que a cortesia, as boas maneiras e o respeito são essenciais para a manter boas relações e interações humanas. Este conceito serviu de ponto de partida para o design da XSR900 GP, em harmonia com a filosofia Faster Sons de respeito pelas origens e numa aprendizagem com o passado para criar uma máquina melhor para o condutor moderno.
O objetivo não era criar uma réplica, mas sim lançar um modelo que presta homenagem ao passado, mas sem esquecer a mais recente tecnologia para aprimorar a sua performance. Esta é a XSR900 GP.
Carenagem inspirada na década de 1980
Esteticamente, as motos de Grandes Prémios deram um passo importante na década de 1980, numa mudança das carenagens curvas da década de 1970 para o design mais quadrado e angular dominante a partir de meados da década de 1980. Estas carenagens mais quadradas marcariam as tendências na década seguinte, não apenas nos GP’s, mas também nas motos de produção.
A XSR900 GP conta com uma carenagem superior que remete para esta era, não só com uma influência evidente das motos YZR Grand Prix da década de 1980, mas também com apontamentos das máquinas desportivas de produção FZR e TZR do final da década de 1980 e do início da década de 1990. Para manter a aparência de moto de competição, o farol LED redondo da XSR900 é substituído por um módulo de lentes compacto, perfeitamente enquadrado na carenagem dianteira, o que cria uma sensação de unidade com a carenagem dianteira ao mesmo que mantém uma excelente iluminação. A carenagem não é apenas um símbolo do passado na aparência, também o método de fixação vai buscar inspiração à década de 1980, com uma estrutura tubular que liga a carenagem ao quadro e aos suportes retos de apoio ao painel de instrumentos para proporcionar ao condutor uma sensação genuína da era dourada.
Para realçar a sensação do cockpit clássico, o suporte da carenagem superior é suportado por uma estrutura de porcas idêntica à usada na TZ250 original. Com um verdadeiro estilo de competição, esta estrutura é fixada com uma cavilha beta, uma estreia para a Yamaha num modelo de produção em massa para utilização em estradas públicas. A mudança das carenagens curvilíneas da década de 1970 para o estilo mais quadrado da década de 1980 visava melhorar a eficiência aerodinâmica e proteger o condutor do vento resultante da maior performance, e isto não muda com a XSR900 GP.
Apesar da aparência da década de 1980 no para-brisas e nas proteções individuais para as mãos, não é apenas uma questão estética. A saída de potência e a relação de caixa do motor CP3 de 890 cc são idênticas às da XSR900, mas a estrutura da carenagem dianteira da XSR900 GP aumenta a aceleração e a velocidade máxima, enquanto os tubos nos painéis laterais descarregam eficazmente o calor do radiador para maximizar a performance de arrefecimento.
A cobertura do assento do passageiro em cor a condizer ajuda a completar o visual de competição com uma traseira em formato quadrado ao estilo da década de 1980 que oculta a luz traseira, enquanto o batente da tampa para o assento mantém o condutor numa posição que melhora a sensação de aceleração.
Cores reminiscentes dos anos de Rainey
Adornada numa das mais emblemáticas cores de GP’s da Yamaha de todos os tempos, a XSR900 GP está disponível numa decoração inspirada nas máquinas conduzidas por pilotos como Wayne Rainey em vários Grandes Prémios na categoria de 500 cc na década de 1980 e início da década de 1990, incluindo placas de números amarelas tanto na carenagem dianteira como traseira.
O quadro ao estilo Deltabox e o braço oscilante têm acabamento em prateado para melhor evocar a era dos protótipos da década de 1980 e realçam o caráter do próprio quadro ao estilo Deltabox.
Avanços do guiador ‘racing’
Os guiadores de “encaixe” separados complementam o estilo de competição do cockpit e oferecem uma experiência de condução mais desportiva. Os guiadores revistos alteram drasticamente a posição de condução da XSR900, deslocando o condutor mais para a frente na máquina para uma posição de condução mais desportiva, o que aumenta a carga na dianteira para oferecer uma sensação de maior precisão esperada de uma máquina ao estilo de competição.
No entanto, como o modelo não se destina exclusivamente à competição ou às pistas, houve um cuidado especial para assegurar que a posição de condução não é demasiado inclinada para a frente, pelo que oferece um equilíbrio que pode ser desfrutado na estrada sem desconforto. O conforto é enfatizado com um assento mais espesso e com mais apoio. Os apoios para os pés em alumínio fundido são ajustáveis em duas posições diferentes, mas estão disponíveis de fábrica na posição superior para acentuar a posição de moto mais desportiva.
Para acomodar a carga adicional na dianteira da máquina, como resultado da posição de condução mais avançada, as zonas da XSR900 GP à volta do quadro foram afinadas para otimizar a estabilidade em curva. O subquadro também foi reforçado em relação ao da XSR900. Para se adequar ainda mais a este estilo de condução com incidência na dianteira, a XSR900 é o único modelo CP3 a apresentar um eixo na coluna de direção em alumínio que ajusta a rigidez na zona da direção para melhor equilibrar as sensações, muitas vezes contraditórias, de leveza e estabilidade nas mudanças de direção ou em rápida desaceleração.
Em conjunto com as leves jantes Spinforged e os novos pneus Bridgestone Battlax Hypersport S23, o condutor pode desfrutar de toda a confiança de colocar a XSR900 GP exatamente onde quer.
Tecnologia inovadora
Seguindo o lema de misturar o estilo de ontem com a tecnologia moderna, a XSR900 GP conta com os mais recentes componentes de suspensão e de travagem. A suspensão dianteira invertida KYB é totalmente ajustável em termos de Pré-carga e amortecimento de compressão, bem como de amortecimento de ressalto, o que permitirá encontrar a configuração ideal para a sensação da dianteira. A suspensão traseira tipo biela aciona um amortecedor KYB totalmente ajustável e inclinado para a frente, praticamente oculto para manter a performance desportiva na traseira. A regulação remota da pré-carga simplifica a personalização da condução. A bomba principal radial dianteira Brembo sublinha as especificações de ponta da moto e sustenta o seu potencial desportivo, com tubos dos travões otimizados para melhorar o controlo da travagem numa condução mais desportiva, sobretudo com forças de travagem mais intensas.
Para acentuar ainda mais a combinação do estilo nostálgico com a mais recente tecnologia de elevada performance, os condutores da XSR900 GP podem personalizar a sua experiência de condução através do Controlo de Condução Yamaha (YRC). Para simplificar a utilização, as características de potência do motor e as ajudas à condução estão integradas para permitir alterações rápidas no nível de intervenção eletrónica, consoante as preferências do condutor e as condições da estrada. Os três modos de condução integrados predefinidos, “SPORT”, “STREET” e “RAIN”, contam com definições de fábrica com diferentes níveis de intervenção para se adequar às diferentes condições. São complementadas por duas definições personalizadas que permitem ao condutor selecionar manualmente as suas próprias definições de potência e intervenção das várias ajudas à condução sensíveis à inclinação controladas eletronicamente, que podem reguladas através de um smartphone com a aplicação MyRide.
O novo ecrã TFT a cores de 5″ está alojado no cockpit em estilo retro. Os condutores podem escolher entre quatro temas diferentes para se adaptarem a diferentes atitudes, com um tacómetro em estilo analógico tradicional inspirado nas motos de competição de antigamente a melhorar a experiência de condução da época.
Para uma experiência de condução enriquecida, a conectividade de smartphone está disponível de série na XSR900 GP através de uma Unidade de controlo de comunicações (CCU) integrada, o que assegura que os condutores se mantêm ligados enquanto conduzem ao ligarem o smartphone à máquina através da aplicação gratuita MyRide Link. Além de verem as notificações de chamadas e mensagens no ecrã TFT de 5″, é adicionada uma nova dimensão à viagem ao permitir atender chamadas e ouvir música através de auriculares Bluetooth*. Quando estão ligados, os condutores também podem utilizar o sistema de navegação Garmin StreetCross integrado, que mostra a navegação no painel de instrumentos TFT de 5″.
Novos comandos, IMU de seis eixos e Quick Shift
Os novos conjuntos de interruptores do guiador integrados permitem ao condutor ativar a mais ampla gama de funções da nova XSR900 GP, incluindo a conectividade com o smartphone, os modos de navegação e condução, bem como consultar as várias opções de menu. Com um design simples, claro e lógico: a forma, o movimento e a disposição ergonómica dos botões foram concebidos a pensar em movimentos intuitivos, o que permite aos condutores percorrer facilmente as diferentes funções.
Para ajudar na navegação em ambientes com trânsito intenso, basta um clique suave do interruptor para piscar três vezes os indicadores de mudança de direção quando muda de faixa ou quando basta uma breve indicação. Um clique completo do interruptor faz piscar até 15 segundos depois de a máquina percorrer mais de 150 metros. A nova função Sinal de paragem de emergência (ESS) reage a uma travagem brusca ao acionar as luzes de emergência para avisar os utilizadores da estrada atrás do veículo que está a parar numa situação de emergência.
Desenvolvida diretamente a partir dos sistemas eletrónicos da R1, a IMU de seis eixos de alta tecnologia da XSR900 GP mede constantemente a aceleração nas direções para a frente/para trás, para cima/para baixo e esquerda/direita, bem como a velocidade angular nas direções longitudinal, horizontal e perpendicular da máquina. A IMU de seis eixos é capaz de enviar dados em tempo real para a ECU que controla o conjunto de ajudas eletrónicas à condução, incluindo o Sistema de controlo de tração (TCS) sensível à inclinação, o Sistema de controlo de derrapagem lateral (SCS), bem como o Sistema de controlo de elevação (LIF) da roda dianteira e o Sistema de controlo de travão (BC).
A XSR900 GP também se torna o primeiro modelo Sport Heritage a ser equipado com o sistema Quick Shift de terceira geração, o que melhora a viagem ao permitir engatar uma mudança mais baixa sem embraiagem durante a aceleração e engrenar velocidades inferiores em desaceleração, além da funcionalidade padrão.
A nova XSR900 GP estará disponível em duas cores: Legend Red e Power Grey. As datas de entrega aos concessionários na Europa e os preços variam consoante o país.
Destaques técnicos
- O design distinto evoca os pilotos de Grand Prix da década de 1980 e 1990
- Novo ecrã TFT de 5″ a cores com conectividade
- Suspensão KYB dianteiro e traseiro totalmente ajustável de elevada qualidade
- Novo design dos avanços do guiador e dos interruptores no guiador
- Quadro estilo Deltabox com rigidez otimizada
- Assento confortável, novas coberturas laterais e capa de assento amovível
- Novo estilo e posicionamento dos poisa-pés
- Controlo de Condução Yamaha e IMU de 6 eixos
- Controlo da velocidade de cruzeiro, sistema Quick Shift de terceira geração e embraiagem A&S
- Sofisticado motor CP3 de 890 cc de elevado binário com homologação EU5+
- Jantes Yamaha Spinforged equipadas com Bridgestone Battlax Hypersport S23
A “Era Dourada” da competição em Grandes Prémios
O primeiro título da Yamaha na categoria rainha surgiu na década de 1970, com Giacomo Agostini, a que se seguiram mais títulos de campeonato durante a década. Mas foi na década de 1980 que a Yamaha conquistou o seu lugar na história, naquela que se tornaria a “Era Dourada” dos Grandes Prémios. Em 1980, o “Rei” Kenny Roberts levou a sua YZR500 a um terceiro título consecutivo. Após este êxito, a Yamaha passou por algumas temporadas muito duras na luta pela supremacia com os seus rivais. Isto levou a uma reformulação da abordagem, com uma mudança do foco para o desenvolvimento de motos de competição com prioridade à sensação do piloto com a máquina.
Não só esta nova estratégia viria a criar as bases para os êxitos futuros nos GP’s (a Yamaha venceu seis títulos de GP’s na categoria de 500 cc entre 1984 e 1992), como a tecnologia desenvolvida durante este período viria a moldar o futuro das motos desportivas de produção até hoje. Com a mudança para um motor V4 mais estreito em 1982, os engenheiros da Yamaha viraram-se para o desenvolvimento de um quadro para alojar este grupo motopropulsor. A ideia era produzir um quadro com a mesma largura do motor V4 que o envolvesse, como uma jaula. Isto marcou o nascimento daquele que viria a ser o emblemático quadro Deltabox, equipado pela primeira vez na máquina de GP’s YZR500 OW61 de 1982. Com uma excelente rigidez e resposta, exatamente onde um piloto mais necessita, o quadro Deltabox representou um avanço tão importante que, passados apenas três anos, a Yamaha equipou-o num modelo de produção pela primeira vez, com a TZR250 a trazer para a estrada as características da máquina de fábrica YZR.
E agora, passados 40 anos, o quadro ao estilo Deltabox continua a ser o coração de muitas motos Yamaha, incluindo a nova XSR900 GP.
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