O governo da Nigéria está a considerar impor uma proibição à venda e uso de motociclos em todo o país. A proibição faz parte de um esforço para dificultar a movimentação de grupos terroristas no território.

Com 218 milhões de habitantes, a Nigéria é o país mais populoso de África e possui a maior economia do continente ( 25ª do mundo em PIB ). Infelizmente, o país sofre com a violência severa devido a uma infinidade de problemas, como o conflito com a organização terrorista Boko Haram, cujos tentáculos se estendem até ao Chade, Níger e Camarões. A pobreza e as tensões tribais não ajudam a prevenir a violência, o que levou alguns políticos a considerar uma medida drástica: proibir o uso de motos.

Segundo o ministro da Justiça da Nigéria, Abubakar Malami, as motos são atualmente o principal meio de transporte utilizado pelo grupo terrorista no país. “A proibição do uso de motociclos e atividades de mineração reduzirá o fornecimento de logística aos terroristas. Isso será feito no interesse nacional”, referiu.

Segundo notícias locais, membros do grupo terrorista conhecido como ‘bandidos’ usam principalmente motos para realizar as suas atividades, incluindo assassinatos e sequestros. Na semana passada, o governador Bello Mattawale do estado de Zamfara anunciou um recolher obrigatório para motociclos na cidade de Gusau, instruindo também o seu pessoal de segurança a atirar à vista de qualquer um que fosse apanhado a andar de moto entre as 20h e 6h.

Embora a proibição nacional ainda esteja a ser considerada, certamente teria enormes implicações, especialmente para a maioria da população da Nigéria que depende de veículos de duas rodas como meio de transporte para as suas atividades diárias.