Mercado – Vendas de motos em baixa na Europa
INCERTO E DEPENDENTE DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS, AS VENDAS DE MOTOS NA EUROPA TIVERAM UMA REDUÇÃO DE 17% NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2020, APESAR DO SALTO ENCORAJADOR NAS VENDAS DOS ÚLTIMOS DOIS MESES.
A maioria dos fabricantes e revendedores tiveram um excelente junho, seguido de um julho muito bom, ajudado por um clima favorável… o suficiente para restaurar a moral de um sector que sofreu o peso total da crise sanitária depois de estar de portas fechada durante dois meses, o que significou dois meses a menos de vendas.
Mas, apesar do salto visto em junho entre todos os fabricantes, o balanço do primeiro semestre de 2020 não é, no entanto, surpreendente e pouco ambicioso para o mercado motorizado de duas rodas, com registros de motos e ciclomotores em queda acentuada em relação a 2019. Afinal, recuperar dois meses de vendas perdidas, não é fácil.
Entre janeiro e junho, os registos de motos nos cinco maiores mercados europeus, França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido, que respondem por 80% das vendas, atingiram 413.200 unidades. Isso representou uma queda de 17% no volume de vendas em relação ao primeiro semestre de 2019.
No entanto, não devemos ser muito pessimistas, porque só nos primeiros quatro meses, as vendas de motos caíram 32,7% devido à paralisia da atividade comercial após a epidemia de Covid-19.
No que diz respeito aos ciclomotores, o declínio é menos significativo, com apenas 6,9% a menos do que no ano passado nos principais mercados, que também respondem por 80% da atividade (Bélgica, França, Alemanha, Itália, Espanha, Holanda).
Para Antonio Perlot, Secretário Geral da ACEM “os volumes de registos de motos e ciclomotores, permaneceram significativamente abaixo dos níveis de 2019 devido ao impacto das medidas de contenção da primavera”.
Já no que se refere à retoma de atividade do sector, o responsável da Associação Europeia de Fabricantes de Motociclos comenta: “Demonstra que os consumidores veem os veículos de duas rodas como excelentes opções de mobilidade e lazer no contexto atual”.
No entanto, a ACEM prefere permanecer cautelosa sobre os desenvolvimentos futuros do mercado, pois será sempre baseada no imprevisível Covid-19.
Assim, esta associação industrial renova o seu apelo às instituições europeias, no sentido de “ser adiado o fim da comercialização dos modelos Euro4, para não penalizar ainda mais os revendedores já enfraquecidos por grandes excedentes de motos armazenadas” – lê-se no último relatório da ACEM.
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