KTM e Bajaj reforçam laços para apostar nas 650

Stefan Pierer, diretor executivo da KTM, revelou alguns dos planos da marca a curto e médio prazo. Entre eles está trazer a produção da sua gama de baixa e média cilindrada para a Índia, de mãos dadas com o seu parceiro local Bajaj.

A Pierer Mobility produziu recentemente a milionésima KTM na sua fábrica na Índia. A moto em questão era uma KTM Adventure 390 e o local, a linha de montagem da Chakan Global Production Facility da Bajaj, em Pune. Agora sabe-se que novas variantes 650 da Duke, Adventure e RC podem estar a chegar.

Embora a apenas algumas semanas atrás, a própria empresa austríaca tenha anunciado o abandono definitivo da plataforma 490 para a criação de novos modelos, agora Pierer fala abertamente sobre o desenvolvimento da nova série 690. E também que estes serão fabricados na Índia pela mão do seu parceiro local Bajaj Auto Limited, havendo  ainda a possibilidade de virem a ser chamados comercialmente pela sigla 650 naquele mercado.

E percebe-se a razão. Basicamente porque atualmente a denominação 650, sob o reinado absoluto da Royal Enfield  que monopoliza 75% das vendas da categoria no país, poderia ser uma boa aposta comercial. Se inicialmente o fabrico da gama 690 tinha sido planeado sob os auspícios da CFMoto na China, agora tudo indica que o farão também na Índia, sobretudo depois de terem embarcado um milhão de unidades montadas, precisamente na fábrica da empresa indiana com uma KTM 390 Adventure, um número recorde.

Por outro lado, enfrentar um projeto desse porte exigirá um forte investimento da KTM , já que apenas os modelos de baixa e média cilindrada seriam fabricados nessas instalações. Em todo o caso, a marca já avisa que iria exportar diretamente de lá para os restantes países onde pretende comercializar as novas plataformas, seja na forma de 390 ou das já referidas 690, indiscutivelmente derivadas das atuais 790 que são vendidas em diferentes mercados.

O próprio Stefan Pierer garantiu à Motorcycle que a nova 690 estará disponível no prazo máximo de dois anos, uma vez que ainda precisam ser definidos alguns detalhes de fabrico, mas principalmente na cadeia de suprimentos para poder iniciar a produção na fábrica da Bajaj. Além disso, também deu a entender que a Duke 690 será a primeira a entrar em cena, e posteriormente as novas RC 690 e Adventure 690 , embora esses aspectos ainda não tenham sido definidos.

Sem dúvida, o preço final será um dos pilares fundamentais onde se deverá apoiar esta nova gama de modelos KTM, procurando acima de tudo ser competitiva perante os mais fortes desses mercados, principalmente a Royal Enfield.