Indústria: Que futuro para a Suzuki GSX-R 1000?
A Suzuki vai deixar o MotoGP no final do ano depois de chegar a um acordo com a Dorna, tendo também já anunciado a sua retirada do Campeonato do Mundo de Endurance (EWC), uma disciplina onde se destacou mais do que qualquer outro fabricante durante décadas. Mas que consequência pode isto ter na produção da GSX-R 1000, a sua principal desportiva de série?
Para além da participação no mundial de Resistência a um nível semi-privado com a Yoshimura SERT Motul, competição onde a GSX-R 1000 venceu em abril as 24 Horas de Le Mans – Moto, a moto japonesa ainda se encontra envolvida nos campeonatos americano (MotoAmérica) e britânico (BSB ), competições naturalmente importantes para desenvolver e melhorar as motos para produção.
Contudo, a Suzuki já disse que continuará a desenvolver os seus novos veículos de duas rodas de uma maneira diferente, e essa é a grande questão no que respeita à sua reduzida ‘quota’ de motos desportivas, o que até compreensível num segmento de mercado cada vez mais reduzido.
Depois do desaparecimento dos seus modelos de 600 e 750cc, a GSX-R 1000 foi totalmente modernizada para o Euro4 , mas nenhuma modificação foi feita para permitir que passa-se para o padrão Euro5. O resultado, foi que em 2020 o fabricante conseguiu continuar a vender os seus stocks na Europa, para depois abastecer as equipas com motos de competição apenas a partir de 2021.
Na altura, o fabricante mencionou a preparação de uma versão Euro 5 “b” destinada a cumprir a norma antipoluição que devia mudar para 2024. Só que entretanto a pandemia veio reembaralhar as cartas, concedendo prazos adicionais para os construtores.
Nesse contexto, o desenvolvimento, produção e comercialização de uma nova geração da GSX-R 1000 talvez possa parecer uma utopia, especialmente considerando os números de vendas do segmento desportivo na atualidade. Mas nada é impossível, muito menos na Suzuki. A Hayabusa chegou a estar retirada dos mercados durante o período do Euro 4, mas regressou depois para o Euro 5 em grande força. Então, porque não acreditar que em 2024, ou mesmo 2025, a GSX-R 1000 possa passar pelo mesmo renascimento do ‘falcão peregrino’. Queremos acreditar que sim, que há um futuro para a lendária moto desportiva de Hamamatsu!
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