BLACK ART Bobber – Uma forma diferente de preparar uma Triumph Bobber
A Triumph Bobber tem sido um enorme sucesso comercial. Em apenas um mês tornou-se na moto Triumph que mais unidades vendeu em 115 anos de história da marca.
Mas o conceito Bobber pode ser aplicado de muitas outras formas e mesmo a partir de uma Triumph Bonneville standard, neste caso de uma Bonneville T120 Black. Mas porquê preparar uma Bobber a partir de uma Bonneville quando a Triumph já oferece uma Bobber na sua gama de motos ?
De acordo com Julien Demaugé-Bost, o responsável de marketing da BAAK, existem diferentes caminhos para se chegar a uma transformação dentro do conceito Bobber e fazê-lo tendo por base a própria Bobber da Triumph acaba por ser limitativo e inclusivamente ofensivo para a própria marca que a idealizou e projectou. Por isso a BAAK decidiu partir de uma base neutra e não da Triumph Bobber original.
A Baak deu nas vistas há cerca de um ano com uma conversão de uma Bonneville com Sidecar, cheia de pormenores técnicos e estéticos e esta nova preparação eleva ainda mais esse compromisso anterior.
O objectivo era o de conseguir um resultado final o mais simples possível dentro do conceito Bobber. De acordo com Julien as Bobbers devem projectar uma atitude de rebeldia e evitar uma imagem mais consensual e conservadora que normalmente vemos associada ao conceito “Gentleman’s ride”.
A equipa da Baak liderada pelo seu fundador, Rémi Reguin, começou a preparação por onde normalmente o fazem ; pelas rodas e pelos pneus. As rodas de 18” na frente a de 17” atrás com que a Bonneville T120 sai de fábrica, foram substituídas por aros de 16”, à frente e atrás, montadas nos cubos de origem. Os pneus são os K112 da Continental que incorporam um desenho raramente visto, ao mais puro estilo anos 70 mas produzidos com compostos de borracha actuais.
A fase seguinte foi tornar a moto mais compacta adaptando um novo banco mais curto, qua assenta sobre um novo sub-quadro em alumínio produzido pela Baak. O banco foi fabricado com espuma de alta densidade, o mesmo utilizado no fabrico de chapéus rígidos, e depois forrados com pele num desenho clássico de gomos. Com esta alteração a traseira fica mais curta em cerca de 14cm.
A utilização de novas mesas de suspensão e de amortecedores traseiros mais curtos faz com que a Bobber baixe cerca de 3cm. Uma proteção de motor foi produzida em alumínio pela Baak com um desenho tipo grelha e colocada junto à parte inferior do quadro entre os dois colectores de escape. Os escapes são também especiais e fabricados pela Baak e emitem um som grave e forte.
O guiador alto fabricado pela Baak proporciona uma posição direita e confortável com o utilizador sentado junto ao depósito. Apesar do banco curto existe ainda algum espaço para o pendura . Com um binário sólido de 105 Nm a Bobber T120 tem potência e desempenho suficientes para proporcionar excelentes passeios a dois. Para além dos escapes Bobber da Baak o motor monta filtros do ar tipo “bolacha” .
Muitos dos componentes foram substituídos por outros para reforçar o look vintage, tal como os piscas, o controle de ignição e o espelho colocado em posição inferior no lado esquerdo do guiador. Os manómetro de origem assim como os interruptores e comandos no guiador foram substituídos por versões produzidas em impressoras 3D.
As manetes de embraiagem e travão são da KustomTech e foi colocado um pequeno manómetro de conta kms da Motogadget no farol redondo ao estilo Bates. A Boober da Baak mantém praticamente todas as funções do modelo de base menos a possibilidade de punhos aquecidos e modos de motor.
A Baak está actualmente a pensar em produzir um kit à imagem desta sua preparação para que qualquer proprietários de uma Bonneville T120 possa realizar a transformação. Pormenores am pele dão um toque de enorme exclusividade e requinte à Bobber da Baak.
Fontes BAAK Motocyclettes, Bike Exif
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