APRILIA SHIVER 900 de 2017 – Mais “Coração” com a mesma Sofisticação
A Aprilia Shiver foi a primeira moto de série a incluir em 2007 uma versão de acelerador “ride by wire”. Função esta que permitia como sabemos definir uma série de modos de motor como Sport, Touring ou Rain, podendo assim alterar a resposta do motor em função de cada situação. Outra das novidades na altura foi a montagem de pinças radiais numa suspensão invertida e numa moto naked da cilindrada média ( na altura de 750cc ).
Desde essa época a Aprilia Shiver não tem sofrido grandes alterações, e as evoluções que aparentemente sofreu foram apenas em alguns pormenores estéticos. A base da Shiver foi portanto mantida até 2016 e apenas sofreu uma alteração com a introdução de uma pequena carenagem em 2009 num modelo que se apelidou de GT. Destaca-se no e tanto uma combinação singular de quadro anterior em tubos de aço combinado com uma estrutura posterior em placas de alumínio e braço oscilante com reforço superior onde vai montado um amortecedor em posição lateral direito e escapes com saídas por debaixo do banco. De facto uma série de pormenores inéditos em 2007 mas que se mantiveram actuais até à data tendo inclusivamente outras marcas adoptado algumas dessas referências estéticas e técnicas.
Todas as características atrás referidas mantiveram-se na versão 2017 e a grande evolução foi obviamente no motor. Mantendo a configuração bicilíndrica em V a 90º , mas agora com 900cc em vez dos 750cc anteriores ( de 749cc para 896cc ). Embora a potência se mantenha nos 95cv o torque do motor é agora mais cheio desde baixas rotações, aumentando a resposta e as sensações de condução. A potência máxima é alcançada às 8.750rpm e o par máximo de 90Nm às 6.500rpm.
Mas as novidades não se resumem apenas ao motor de maior cilindrada. A Aprilia Shiver 900 monta também um novo sistema de lubrificação que permite manter o óleo nas suas condições originais sem que o mesmo seja afectado pelo contacto com o ar, através da introdução de uma “lâminas” tipo “Reed Valve” que fazem com que o circuito do óleo seja mais directo no seu processo de lubrificação. Este sistema foi inspirado no mundo dos automóveis ( a Ferrari monta uma tecnologia semelhante nos seus carros ) sendo que diminui a temperatura dos componentes do motor e torna desnecessária a montagem de radiador de óleo.
A Shiver 900 mantém os 3 modos de motor anteriores, e são selecionáveis em andamento premindo o botão de arranque. A injecção é uma nova ECU da Marelli modelo 7SM que está agora associado a um novo sistema de controle de tração, com 3 níveis distintos, que actuam em simultâneo sobre a ignição e sobre o acelerador electrónico “ride by wire”.
Do ponto de vista estético manteve-se algo fiel à versão anterior, embora se identifiquem alterações de pormenor em quase todos os seus componentes, como nas entradas de ar, tampas laterais do depósito e sobretudo nas ponteiras que abandonam o desenho angular das anteriores.
Na ciclística a principal evolução é a montagem de uma suspensão upside down da KYB com 41mm ( antes era de 43mm ) regulável em pré-carga e em extensão, e o mesmo no amortecedor traseiro. Mas o mais relevante é mesmo as novas jantes que derivam directamente das TUONO 1100 V4 e que permitem reduzir em 2,3 Kg o seu peso. Quanto a travões a Shiver monta ABS da Continental e discos convencionais.
O painel de instrumentos é de TFT a cores de 4,3”, o mesmo que montam as Aprilia topo RSV4 e Tuono mas com informação adequada às suas características. Inclui também a possibilidade de montar em opção o sistema AMP para ligação de telemóvel e permitir aceder a funções de telemetria , telefone e intercomunicador.
Ficha Técnica Aprilia Shiver 900 de 2017
MOTOR
Tipo | 4 Tempos, 2 cilindros em v a 90, refrigeração líquida |
Posição | Transversal |
Distribuição | DOCH mixta, corrente e engrenagens, 8 válvulas |
Diámetro por curso | 92.0×67.4 mm |
Cilindrada | 896.1 cc |
Relação de compressão | 11:1 |
Potência máxima | 95 CV @ 8.750 rpm |
Par máximo | 90 Nm a 6.500 rpm |
Alimentação | Injecção Ride by Wire |
TRANSMISSÃO
Caixa | 6 velocidades |
Embraiagem | Multidisco em banho de óleo, comando hidráulico |
Transmissão secundária | Por Corrente |
CICLÍSTICA
Quadro | Misto, tubular de aço e aluminio |
Braço Oscilante | Duplo braço de aluminio |
Suspensão dianteira | Invertida Kayaba de 41 mm |
Regulações susp. dianteira | Pré-carga, compressão e extensão |
Suspensão traseira | Mono-amortecedor |
Regulações susp. traseira | Pré-carga e extensão |
Travão dianteiro | Disco duplo de 320 mm |
Pinças travão dianteiro | Duplas de 4 êmbolos (ABS) |
Travão traseiro | Disco de 240 mm |
Pinças de travão traseiro | Êmbolo Simples (ABS) |
Diametro das jantes | 17″/17″ |
Pneu dianteiro | 120/70-17 |
Pneu traseiro | 180/55-17 |
DIMENSÕES E MEDIDAS
Altura banco | – Não Declarado – |
Distancia entre eixos | – Não Declarado – |
Peso | – Não Declarado – |
Capacidade do depósito | 15 litros |
GALERIA
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