Aprilia: O regresso da Pegaso com o motor da RS 660
A Aprilia está a considerar expandir a plataforma do motor 660 com um possível ressurgimento da ‘dual-sport’ Pegaso, modelo que ocuparia o espaço deixado livre pela saída da gama dos modelos Shiver e Dorsodoro.
A Aprilia Pegaso teve as suas raízes na classe supermoto e foi lançada em 1992 com um motor de 650 cc, como uma das ofertas de gama média da marca italiana, vindo a ser substituída pelos modelos Shiver e Dorsodoro, que praticamente ocupariam a mesma categoria.
No entanto, o futuro dá voltas, e de acordo com palavras do director de marketing da Aprilia, Cristian Barelli – a firma de Noale está concentrada em alargar a nova plataforma de motor 660 para a incluir em mais do que três modelos.
De facto, a Aprilia tem concentrado nos últimos tempos o seu esforço em expandir as suas motos de peso médio, algo que começou com a desportiva RS 660, continuou com a Tuono 660 e pode prosseguir muito em breve com nova Touareg – para enfrentar a Yamaha Tenere 700 -, intenção anunciada desde o EICMA de 2019.
No entanto, pelos vistos as peso médio da Aprilia não irão parar por aí, uma vez que Barelli afirmou que a marca vai reavivar o nome Pegaso.
“No início do projecto, perguntámo-nos qual a primeira a estrear: se a RS, Tuono ou Tuareg. Decidimos começar pela RS porque o ADN da Aprilia está enraizado no segmento desportivo e faz parte da nossa história, por isso pareceu-nos correcto começar a partir daí.
Depois, pensamos que podemos oferecer algo diferente, em comparação com as motos desportivas de motor médio à venda. É um pequeno mercado que está a crescer, e mais cedo ou mais tarde os seus utilizadores vão querer mudar para motos maiores. Contudo, dificilmente vão entrar diretamente para uma superdesportiva porque porque está muito longe do nível de entrada. Estamos empenhados em encontrar a solução certa (n.d.r. Pegaso?). Temos muitas ideias porque o motor 660 permite-nos uma grande modularidade. Só temos de decidir o que fazer primeiro. O segmento crossover é um segmento muito atractivo que olhamos com interesse”.
Assim, a confirmação oficial de que não haverá lugar a uma nova geração da Shiver e Dorsodoro parece muito próxima, até porque nas sua últimas atualizações estes modelos ficaram de fora dos regulamentos de emissões Euro 5, já não constando sequer na gama do fabricante no nosso País.
“Neste momento, não temos planos para os actualizar para a Euro5. Estamos concentrados nesta nova e mais moderna plataforma. O motor 660 tem um layout que pode ser explorado de várias formas. É muito compacto, o que nos permite colocá-lo facilmente em diferentes tipos de estruturas para várias aplicações”.
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