Teste Comparativo de Trails Bicilíndricas de 500cc para carta A2
Comparativo realizado por Lluis Morales – Solomoto
Comparativo entre as bicilíndricas A2 de 500cc : Benelli TRK 502 X, Honda CB 500 X, Macbor Montana XR5 500 e Voge 500 DS.
Se acabas de obter a carta A2 e sonhas com aventurar-te pelo mundo em duas rodas e ires trabalhar todos os dias com a mesma moto, então estas quatro fantásticas propostas de meio litro de cilindrada e motores de dois cilindros paralelos, serão uma aposta certa no mundo das Trail, isto antes de poderes vir mais tarde a passar paras Maxi Trail, mais pesadas e de maior cilindrada.
Com vontade de aventura ? Então este comparativo vai deixar-te ainda mais com vontade de saires da rotina e partires à aventura.
Penso que não será necessário falarmos do fenómeno “Trail” pois há muito que é uma realidade conhecida cada dia mais consolidada e abrangente, com novas propostas a aparecerem todos os dias no mercado e a segmentar-se a oferta para chegar a todos os gostos e sensibilidades. Juntamente com as motos Naked, as Trail representam a maior percentagem de vendas de motos de média e alta cilindrada, e representam a maior parte dos registos de motos com que quase todos sonhamos ter.
Até há bem pouco tempo a oferta de mercado de modelos Trail para licença A2 era bastante escasso. Uma realidade que não fazia qualquer sentido, pois o segmento de potenciais compradores de motos Aventura ou Trail que estão limitados pela carta A2, à hora de procurar a sua moto de eleição, a possibilidade de escolha estava também muito limitada.
Com um mercado muito mais rico na oferta de modelos Trail para carta A2, motos que apenas são uma redução apenas em potência e peso e não em equipamento, dimensão e desempenho, decidimos realizar este comparativo, agregando 4 motos que reúnem características semelhantes e as 4 têm motores bicilíndricos a 4 tempos de 500 cc.
Apresentação dos modelos
A Honda foi a primeira das quatro marcas a apresentar a sua CB 500 X com motor de dois cilindros em linha, uma configuração paralelamente utilizada na naked CB500 F, na primeira versão X, que montava roda de 17” e também na desportiva CBR500F e na custom CMX 500 Rebel. A versão X foi de facto a grande surpresa em termos de sucesso comercial, pois demonstrava um desempenho geral, uma estética e um conforto muito superiores à sua irmã naked.
No entanto no inicio faltava-lhe dar um passo importante para marcar definitivamente a sua posição; o de incluir maior curso de suspensões e substituir a roda de 17” por uma roda de 19”, realidade que veio a concretizar-se na segunda versão da CB 500 X, que há dois anos atrás se lançou com estética renovada, com linhas herdadas da sua irmã Africa Twin, e permitindo uma utilização muito mais abrangente nomeadamente a realizar algumas incursões fora de estrada ( já a vimos a participar no Lés-a-Lés OffRoad ).
A Benelli foi a marca que seguiu precisamente o mesmo desenvolvimento e tornar a sua já existente TRK 502, mais apta para o for a de estrada tendo juntado a letra X à sua designação. A TRK 502 X vai buscar inspiração na sua estética às BMW GS e às Ducati Multistrada. A versão X monta jantes de raios e pinças de travão menos agressivas, entre outros componentes que a tornaram mais utilizável no todo-o-terreno.
Já a Macbor Montana XR5, apresentada ao mercado pela Motos Bordoy praticamente há 3 anos, produzida num dos grandes industriais chineses de acordo com os requisitos da sociedade espanhola, mostra também total inspiração estética na GS alemã, e agrega em termos de componentes tudo o que de melhor existe no mercado.
Também a Voge 500 DS tem origem na China, sendo um dos modelos da gama Premium do conhecido gigante industrial chinês, a LONCIN. Com uma estética mais estradista e algo inspirada nas linhas da Kawasaki Versys 1000, nomeadamente a sua linha de escape, integra também componentes premium, como as suspensões e os travões.
Comportamento em ambiente Urbano
Umas vez feitas as apresentações resta-nos ficar a saber como é que cada uma se comporta nas mais diversas situações. O primeiro contacto e sessão de fotografia foi realizado em ambiente urbano e desde início percebemos que existem dois tipos de motos dentro do grupo selecionando: a Benelli e as restantes 3.
A Benelli TRK 502 X impacta pela sua dimensão e peso, exigindo alguma atenção e destreza ( força ) nas manobras, e por exemplo também no colocar e retirar do descanso central. Depois de arrancarmos essa realidade deixa de ser problema, no entanto em manobras a baixa velocidade a direção tem tendência a fechar-se pela razão do seu peso.
As restantes três motos têm um comportamento semelhante em cidade com uma ligeira vantagem para a Honda que mais parece uma 300 tal a ligeireza que sentimos quando a movemos estando parados. Esta realidade deve-se também ao facto de vir menos equipada que as suas rivais, revelando um menor peso total do conjunto (não tem descanso central, nem proteções… ).
As quatro integram embraiagens com funcionamento suave e caixas de velocidade precisas com um bom tacto de acelerador, sendo que novamente a Honda mostra alguma vantagem, seguida de muito perto pela Macbor e logo a seguir pela Benelli e a Voge.
Circular pela cidade revela-se extremamente fácil para qualquer dos modelos com destaque para a Honda, Macbor e Voge que são mais baixas de assento e mais estreitas na zona de contacto dos joelhos com o depósito de combustível. Destacamos o facto de que nenhum dos 4 modelos aquece demasiado em circulação, realidade que agradecemos , sobretudo quando paramos nos semáforos.
Em estrada aberta e a curvar notam-se mais diferenças
Deixando a civilização atrás e já rodar fora da zona urbana apercebemo-nos que a Benelli compensa o seu maior peso com acelerações mais fortes, graças certamente à maior cilindrtada do seu motor face às restantes, subindo rápido de regime. Em estrada aberta revela uma enorme estabilidade e uma boa proteção aerodinâmica graças à sua carenagem envolvente, tornando a sua condução muito confortável. O seu maior peso não lhe retira desempenho face às suas rivais e apenas notamos uma maior inércia na travagem e nas mudanças de direção rápidas. As suspensões têm um bom comportamento tal como os travões, transmitindo confiança na sua condução.
Os pneus Metzeler Tourance que monta, os mesmo que encontramos na Macbor, apesar de terem alguns limites de utilização em motos Maxi Trail, revelaram um excelente comportamento nestas Trail de cilindrada média que apesar da sua dimensão semelhante têm um binário de motor mais contido. Por isso pudemos confiar nos mesmos em qualquer circunstância, seco ou molhado, frio ou quente e até fora de estrada sempre e quando longe de percursos com lama.
Em percursos mais sinuosos a Honda e a Macbor saem empatadas, pois têm um comportamento semelhante graças a um peso idêntico, terem uma estabilidade parecida, com motores com uma entrega de potência suave e linear mas com potência sempre disponível para ultrapassar qualquer situação.
Na travagem a Macbor é superior graças ao duplo disco dianteiro e ao bom tacto das suas suspensões. Já a Honda com um disco único na frente (a versão 2022 já monta 2 discos ) obriga algumas vezes a ter que utilizar o travão traseiro. A Honda revela no entanto maior agilidade, justificada por uma menor distância entre eixos e também por demonstrar um enorme equilíbrio entre agilidade, estabilidade e precisão do seu chassi.
Menção especial também para a Voge que, em estradas de bom piso, garante uma enorme estabilidade e precisão em curva graças à sua roda de 17” de 120/70. As suas suspensões KYB, as mesmas que monta a Macbor, garantem também uma enorme precisão em curva. Monta pneus Pirelli Ángel ST, conhecidos pela sua nobreza e polivalência, mas sobretudo pela sua durabilidade, proporcionando um exclenete equilíbrio entre aderência em todo o tipo de condições, duração e desportividade. Com um perfil muito redondo, que contribui para uma maior rapidez nas reações da sua ciclística, apresentando uma travagem que é referência no conjunto dos 4 modelos.
Conforto e proteção em auto-estrada
Já em auto-estrada e em vias rápidas podemos definir dois grupos de comportamentos distintos: Macbor e Benelli por um lado, motos com características semelhantes em termos de conforto, tanto a solo como com pendura, e especialmente preparadas para levarem 3 malas para bagagem. Nestas condições e com menos de 48 cv de potência é preciso que ter alguma calma e condescendência nas subidas mais íngremes em percursos de montanha se queremos chegar tranquilos e sem stresses ao nosso destino.
Ao comando da TRK 502 X temos a sensação de estar a pilotar uma moto de maior dimensão, quase uma Maxi Trail, totalmente resguardados do vento e da intempérie graças à boa dimensão do écran dianteiro e dos defletores laterais que monta, realidade para a qual também contribuem as grandes proteções de mãos de origem e a largura das tampas de radiador e do enorme depósito de combustível. O assento é extremamnte confortável e de enorme dimensão, tanto para o condutor como para o acompanhante, realidade que nos leva a pensar que só a fome eventualmente nos fará parar.
A Macbor Montana XR5 é igualmente confortável embora a parte inferior da carenagem frontal seja algo estreita a deixar passar o ar o que a torna algo desconfortável. Outro tema que deve ser revisto é o forro do assento pois deslizamos demasiado em cima do mesmo, sobretudo nas travagens, sobretudo se rodamos com pendura pois sentimos claramente o mesmo a empurrar-nos para a frente nas travagens.
A Honda e a Voge acabam por ser os modelos menos confortáveis por serem mais estreitos e não incluírem proteção de mãos, assim como montarem um écran frontal que poderiam ter algo mais de proteção. No entanto o desenho do écran da Honda é perfeito e apesar da sua dimensão não sentes nem metade do ar que à priori poderias pensar, isto a somar a uma total ausência de vibrações.
Em matéria de vibrações pareceu-nos que a Voge não soube encontrar a melhor solução. O motor ser o mesmo da Montana XR5 e este não vibra absolutamente nada. Na Voge a partir dos regimes médios de rotação do motor, começam a aparecer vibrações e ressonâncias nos plásticos que se traduzem em formigueiros na zona interior das pernas.
A seu favor, da Voge, podemos dizer que o écran é regulável manualmente, sendo a única das 4 motos que o permite. Também a afinação das suas suspensões KYB, absorvendo irregularidades no primeiro terço do seu curso e aumentando a sua firmeza no restante, são perfeitas para uma condução mais agressiva em trajectos com muitas curvas, transmitindo segurança e controle.
Saídas fora de estrada
À hora de nos aventurarmos no todo o terreno, metendo-nos por pistas florestais fora de estrada, apesar dos pneus que todas montam terem limitações óbvias, pois na melhor das hipóteses são 80/20, constatamos de imediato que a Macbor Montana XR5 supera largamente todas as outras. De pé em cima dos poisa-pés generosos, com borrachas desmontáveis revelando um bom serrilhado de apoio, a posição de pilotagem é muito natural e sentimo-nos totalmente en controle sem ter que adoptar posições forçadas ou estranhas. A distribuição de peso é excelente que enorme equilíbrio entre a frente e a traseira, permitindo-nos uma condução quase de moto de enduro, com o apoio dos joelhos na lateral e a colocar a moto na trajectória ideal fazendo variar o peso nos poisa-pés, de forma ótima, suave e controlada sem qualquer tipo de reação estranha.
Como se fosse pouco a Montana XR5 inclui ainda a possibilidade de configurar a intervenção do ABS, podendo desligar totalmente a roda traseira, permitindo-nos rodar em aceleração constante, ajustando com a embraiagem a tração na roda traseira combinando com o derrapar da mesma com a intervenção do travão para a colocar na melhor trajectória. Uma realidade que em condução no todo terreno coloca a XR5 a milhas das restantes. Como se fosse pouco é a única que conta com dois modos de potência, sendo que o Sport não é demasiado brusco, permitindo perfeitamente rodar com o mesmo em OffRoad.
Já a Benelli, se considerarmos as suas jantes de raios, as proteções laterais, os pneus igualmente Tourance e o seu aspecto de moto Adventure, poderíamos pensar que poderia no for a de estrada seguir a XR5 de perto, no entanto, os seu peso de mais 30 a 40 Kg face às suas rivais acaba por a penalizar em condução for a de estrada, realidade que faz com que tires gás antes que a situação possa correr mal pela inércia de todo o conjunto. Sentado vais confortável e em pistas sem curvas apertadas permite-te levar uma condução descontraída e confortável. Já em pé o perfil de umas arestas do depósito junto aos joelhos torna a condução algo desconfortável.
A Honda acaba por tirar vantagem do maior peso da Benelli, apesar de não montar de origem uma série de componentes incluídos na TRK como as proteções laterais, os guarda-mãos, as jantes de raios, o descanso central e os pneus menos polivalentes, e acabamos por conseguir um melhor ritmo do que aquele que à partida tínhamos suposto possível.
Já a Voge permite-te chegar ao teu destino mas não está pensada para grandes “trotes” fora de estrada. Penalizada pela jante dianteira de 17” obriga-te a manter um ritmo maios tranquilo para não evitares algum percalço. Será por isso que incorpora proteções laterais ? Os pontos de fixação das barras não parecem garantir total proteção pelo que na nossa opinão não justifica a montagem das mesmas. Na minha opinião pessoal recomendaria que as mesmas fossem desmontadas pois a moto ganha em estética e contribui para a diminuição do peso total do conjunto.
Preparação à tua medida
Um factor que vale a pena considerar e que está incluído em todos modelos deste comparativo é o facto de todas incluírem a possibilidade de montagem de malas para viajar e assim dotar as mesmas de um extra de potencial de aventura sem se ter que investir mais de 20.000 euros numa Maxi Trail totalmente equipada. Se nos esquecermos da potência extra e de todas as ajudas electrónicas para domar a mesma, acabamos por ter soluções mais racionais e acessíveis que acabam por fazer tudo o que as maiores fazem.
Se aquilo que pretendes é uma solução confortável em duas rodas, sem grandes aventuras, com um espaço amplo de assento e dimensão inclusivamente compatível com utilizadores de maior estatura, encontrarás em qualquer dos modelos deste comparativo a solução para as tuas deslocações diárias e de fim de semana, a solo ou acompanhado.
Outro factor a ter em conta neste segmento são as promoções, pois para além de as motos deste segmento terem um custo de aquisição e de manutenção baixo, vemos que as marcas ao longo do ano lançam campanhas com ofertas que estimulam ainda mais a sua aquisição. Assim fica difícil inventar desculpas para não investirmos na primeira moto Trail, já a pensar que mais dia menos dia com a carta A daremos o salto para um segmento superior. Em qualquer dos casos as 4 motos aqui testadas têm um potencial de utilização muito abrangente onde os limites são colocados por cada um.
Características principais de cada modelo
BENELLI TRK 502 X – PVP base 6.780 eur
Cil. 500cc /Potência 47,6 cv / susp. KYB /dep. 20 litros / peso 237 Kg
Nascida como versão Dual Sport da sua irmã estradista TRK 502, a versão X oferece um carácter mais polivalente e redondo graças a algumas alterações subtis mas muito importantes:
- Medida e tipo de jantes
- Colocação do escape
- Maior curso de suspensões
- Proteções integrais contra caídas
É uma moto grande na sua dimensão e no segmento em que se insere, confortável e com uma estética inspirada em motos de um segmento suerior. Inclui muito equipamento com um preço final ajustado.
MOTO+
- Estética imponente
- Conforto a rodar
- Capacidade de carga
- Equipamento de série
MOTO –
- Peso excessivo
- Instrumentação demasiado simples
HONDA CB 500 X – PVP base 7.025 eur
Cil. 471cc / Potência 47,6 cv / susp. Showa /dep. 17,7 litros / peso 197 Kg
Apesar de ter nascido com jante dianteira de 17” e apenas com um travão de disco, a versão nova versão já monta jante de 19”, embora de liga e não raiada, e a versão 2022 adoptou duplo diso na dianteira e suspensões invertidas de 43mm ( versão ensaiada é de 2021 ). Esta transformação dotou a CB 500 X de maior capacidade fora de estrada, aumentando assim a sua polivalência. É um modelo estreito e compacto, com excelentes acabamentos que a coloca nesta matéria acima das suas rivais. A sua mecânica, montada em inúmeros modelos e plataformas da marca tem sido um enorme sucesso comercial pelo que ganha um extra em termos de garantia e fiabilidade a longo prazo.
MOTO+
- Compacticidade
- Conforto a rodar
- Equilibrio do conjunto
- Nível dos acabamentos
MOTO –
- Equipamento escasso
- Electrónica
MACBOR MONTANA XR5 – PVP base 6.799 eur
Cil. 471cc / Potência 47,6 cv / susp. KYB /dep. 20 litros / peso 194 Kg
Lançada há pouco mais de 1 ano, veio revolucionar o seu segmento, combinando o equipamento de umas com a agilidade e compacticidade de outras, com bons acabamentos e demonstrando um excelente desempenho em qualquer tipo de terreno. Na base do seu sucesso está o facto de montar componentes de topo de diferentes marcas como as jantes Akront, eletrónica Bosch, suspensões KYB, pneus Metzeler e travões com pinças Nissin, tudo montado em excelente combinação entre si a garantir um desempenho muito equilibrado só talvez encontrado em motos de um segmento superior.
MOTO+
- Agilidade
- Bons acabamentos
- Equlibrio do conjunto
- Componentes de alta qualidade
MOTO –
- Estética comum
- Forro do assento
VOGE 500 DS – PVP base 6.545 eur ( preço da versão X com jantes raiadas e roda de 19″ na dianteira )
Cil. 471cc / Potência 43,5 cv / Susp. KYB /dep. 16,5 litros / peso 205 Kg
O seu conceito asfáltico penaliza a Voge em termos da sua versatilidade, sendo a única que monta jantes de 17” de liga, à frente e atrás. Talvez a sua mais directa rival tivesse sido a primeira versão da Honda CB 500 X, mas a japonesa depressa percebeu que podia explorar outros caminhos. Muito completa em termos de equipamento, inclui pneus Pirelli Angel ST, suspensões KYB e ABS da Bosch , garantindo um comportamento bastante neutro de toda a sua ciclística. O motor é o mesmo clone do CB 500 da Honda produzido pela Loncin, o mesmo que monta a Macbor, embora com um nível de vibrações superior às suas rivais.
MOTO+
- Equipamento de série
- Conectividade
- Preço final
- Desempenho em estrada
MOTO –
- Vibrações na carroceria
- Polivalência
And the WINNER is …
… a MACBOR MONTANA XR5
- Tem o equilíbrio e nível de acabamentos da Honda
- A agilidade e precisão em curva da Voge
- O mesmo equipamento da Benelli com menos Kg
- Fora de estrada é a mais equilibrada
- Desempenho OffRoad semelhante a uma Maxi Trail
- Bem equipada, refinada e com excelente dinâmica
0 comments