O novos Radares em Portugal – Conheça os diferentes tipos e a sua localização em 2023
Os radares de velocidade permitem controlar a velocidade dos veículos num determinado trajeto.
São 50 os novos radares de velocidade em Portugal que estão a ser progressivamente ativados ao longo do primeiro trimestre de 2023, nas estradas portuguesas. Destes 50 novos radares, 30 estão a ser instalados para controlo de velocidade instantânea, enquanto os outros 20 se destinam à monitorização da velocidade média – sendo cerca de 80% fora das autoestradas.
De acordo com a ANSR (Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária), todos os locais vigiados por radares estão devidamente sinalizados, uma vez que o objetivo principal é a dissuasão do não cumprimento dos respetivos limites de velocidade.
Como funcionam os radares de velocidade nas estradas?
Um radar de velocidade é um dispositivo utilizado para monitorizar e controlar a velocidade dos veículos nas estradas e ruas e são utilizados para promover a segurança do trânsito, prevenir acidentes e multar condutores que conduzem acima da velocidade permitida
Os novos 50 radares, a juntar à rede SINCRO (Sistema Nacional de Controlo de Velocidade) que existe desde 2016, vão permitir “a fiscalização da velocidade praticada pelos condutores através da medida da velocidade média do veículo entre dois pontos predefinidos na estrada”.
A rede SINCRO é composta atualmente por 62 locais de controlo de velocidade instantânea instalados em várias estradas da rede rodoviária nacional equipados com 58 radares.
Tipos de radares de velocidade
Um radar de velocidade, no final das contas, tem sempre o mesmo objetivo: controlar a velocidade dos veículos. No entanto, existem diferentes tipos de radares que funcionam de formas diferentes. Fique a saber quais são e como funcionam:
- Radares de velocidade média: medem a velocidade média de um veículo durante uma viagem, em vez de medir a velocidade num único ponto. Estes funcionam ao medir a velocidade do veículo em dois ou mais pontos ao longo da estrada e, em seguida, calculam a velocidade média do veículo durante a viagem. Este tipo de radar de velocidade é utilizado para detectar veículos que dirigem acima do limite de velocidade durante uma viagem prolongada, em vez de em um único ponto.
- Radares de velocidade fixos: são instalados permanentemente em locais estratégicos, como nas estradas e ruas com altos índices de velocidade. Funcionam através da emissão de ondas eletromagnéticas que permitem calcular a velocidade a que os veículos circulam. Cada radar de velocidade é programado para o limite de velocidade da estrada em que se encontra, seja dentro das localidades, programado para os 50 km/h, seja numa autoestrada, regulado para os 120 km/h. São fáceis de detectar, pois são visíveis e frequentemente sinalizados com sinais ou placas.
- Radares de velocidade móveis: são radares que podem ser transportados de um lugar para outro e, por isso, podem estar em diferentes locais. Estes são utilizados para monitorizar diferentes áreas e garantir que os condutores não excedem o limite de velocidade. São geralmente colocados em locais onde há muito tráfego ou em áreas com altos índices de acidentes. Estes radares podem, por vezes, passar despercebidos aos condutores, por não estarem evidenciados.
- Radares em Cascata : Este sistema apelidado de radares em cascata, ainda em estudo, tem como principal objetivo identificar os condutores que reduzem a velocidade apenas quando se aproximam de um radar fixo e que, depois de o passarem, voltam a acelerar o veículo. Este sistema consiste na instalação de um conjunto de radares seguidos ao longo de um, dois ou três quilómetros, por forma a “apanhar” os condutores que abrandam apenas imediatamente antes do radar fixo e aceleram depois de passarem por esse mesmo radar. O sistema consiste por isso na colocação de radares móveis antes ou depois de um radar fixo com localização definida e pública, sem a obrigatoriedade de estes estarem sinalizados. Os radares móveis são mais baratos e têm um custo de manutenção mais baixo que os radares fixos. Por este motivo, utilizar este sistema acaba por não ser muito dispendioso para as autoridades policiais, sendo altamente eficaz.
A que velocidade disparam os radares
A velocidade a que disparam os radares depende, essencialmente, do local onde circula. Mas sejam os radares fixos, móveis ou de velocidade média, todos eles têm em comum uma margem de erro, mais conhecida como a tolerância do radar ou a “Regra dos 7”.
Qual a tolerância dos radares de velocidade em portugal: entender a “Regra dos 7”
A “Regra dos 7” é conhecida por ser uma margem de erro aceitável para os radares de velocidade. De acordo com esta regra, os radares podem ter uma margem de erro de até 7%, para mais ou para menos, ao medir a velocidade. Isto significa que, mesmo que um veículo esteja a circular a uma velocidade acima do limite permitido, a multa só será aplicada se a diferença entre a velocidade real e o limite de velocidade ultrapassar os 7%.
Para facilitar: regra geral, nunca será multado até 7% da velocidade estabelecida nas estradas, ou seja, sempre que estiver, apenas, 7% acima do limite de velocidade da via em que circula. Contas feitas, em autoestrada, o limite é de 120 km/h, quer isto dizer que se circular a 128 km/h não será multado. Já dentro das localidades a velocidade é de 50 km/h. Se passar no radar a 53 km/h não será multado.
Qual o impacto dos radares de velocidade?
De acordo com a ANSR, durante os seus 6 anos de funcionamento, os dados relativos aos locais onde foram instalados radares “comprovam inequivocamente o papel e o efeito dos mesmos enquanto instrumentos fundamentais para combater a sinistralidade rodoviária” uma vez que “todos os indicadores baixaram”.
Veja os dados revelados pela ANSR de comparação de após a instalação dos radares, comparativamente ao mesmo período anterior à data de funcionamento dos mesmos, os seguintes dados:
- Menos 35% vítimas mortais
- Menos 74% de acidentes com vítimas
- Menos 43% feridos graves
- Menos 36% feridos ligeiros.
APP Radares de Portugal
Como não poderia deixar de ser, nesta era digital, existe a possibilidade de verificar a existência de radares através de uma APP. Chama-se “Radares de Portugal” e é uma APP portuguesa, cujo objetivo é fornecer toda a informação acerca dos radares existentes nas estradas nacionais.
Esta app tem várias funcionalidade interessantes, como um mapa de radares em tempo real, fixos (pré-carregados) e móveis e modo de navegação com avisos visuais e sonoros, Tem, ainda, a possibilidade de partilhar radares localmente ou à distância e confirmar um radar após passagem pelo local, entre outras funcionalidades.
Se tiver um telemóvel Android, pode instalar a app gratuitamente ou consultar os radares na versão web, que lhe disponibiliza acesso à informação em tempo real, a partilha de radares via mensagem e ainda a visualização do mapa de radares. Caso tenha um telemóvel com sistema iOS, apenas pode aceder à versão Web (está previsto o desenvolvimento da app para este sistema operativo para breve ).
Onde vão estar os radares em 2023
Os 50 novos radares foram distribuídos por locais onde o excesso de velocidade revelou ser uma das principais causas para a sinistralidade.
- 30 vão ser instalados em Locais de Controlo Velocidade Instantânea (LCVI)
- 20 vão ser instalados em Locais de Controlo Velocidade Média (LCVM)
- Prevê-se que 40 radares sejam instalados fora das autoestradas
- 20 irão permitir detetar a velocidade instantânea
- 10 irão permitir calcular a velocidade média num determinado trajeto.
Todos os meses, a Polícia de Segurança Pública (PSP) divulga alguns dos locais onde estão previstas operações de controlo de velocidade. As localizações dos radares para março de 2023 já foram divulgadas.
As autoridades vão estar em mais de 100 locais por todo o continente, Madeira e Açores. Na lista abaixo pode consultar, por distrito, os locais onde vão estar os radares e em que datas. Mas atenção: estas são apenas algumas das operações previstas. Ao longo do mês, poderá haver controlo de velocidade noutras zonas sem que haja um aviso prévio por parte da PSP.
Fonte ANSR
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