O regresso da Honda GP RC-E elétrica estilo ‘sixties’

By on 16 Outubro, 2023

Já não ouvíamos falar da Honda RC-E à algum tempo, mas pelos vistos este modelo conceptual não caiu no esquecimento. Recentemente, um pedido de patente da Honda, trouxe de novo à ribalta esta moto elétrica de estilo neo-retro.  

No Salão de Tóquio em 2011, precisamente há 12 anos, surgiu um protótipo revolucionário: uma moto de pista com um design retro inspirado nos anos 60, impulsionada por um motor elétrico alimentado por bateria. Inicialmente, essa ideia parecia extravagante e futurista. Apesar de ter desaparecido do radar desde então, recentemente ressurgiu devido a um pedido de patente relacionado ao sistema de suspensão traseira. É comum que o fabricante utilize um protótipo anterior como base para novas soluções, no entanto, neste caso, o sistema de suspensão é uma parte essencial do conceito do veículo, indicando que o projeto ainda está vivo.

Na versão de 2011, foi adotado um layout cantilever clássico com o amortecedor posicionado entre a parte superior do braço oscilante, à frente da roda traseira, e um suporte central no quadro. No entanto, nesta nova versão, o motor é disposto para permitir espaço ao monoamortecedor, que é assimetricamente colocado no lado esquerdo, ligado a um dos braços oscilantes e à viga correspondente do quadro. Isso resulta na linha reta da cabeça de direção, do pivô do braço oscilante e do eixo da roda traseira, embora a suspensão pareça não operar da maneira mais eficiente.

Contúdo, isso não é o importante. O que importa é que a Honda retomou os trabalhos neste protótipo altamente original, e os desenhos também ilustram o estudo cuidadoso do posicionamento das baterias : são três, chamadas B1, B2 e B3 respectivamente. O primeiro é colocado sob o “depósito” e acima das longarinas, o segundo entre as próprias longarinas e estende-se para baixo, enquanto o terceiro é moldado de forma que possa ser colocado na “barriga” da carenagem. Parece que está prevista refrigeração líquida, com radiador em posição convencional, atrás da roda dianteira (!).

Tal como acontece com todas as patentes, não é certo que nem a suspensão nem toda a moto que aparece na documentação tenham futuro, mas o facto de a Honda ainda estar a trabalhar nisso após 12 anos, indica que no Japão estão a pensar seriamente nisso.

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