Porque é que andar de moto é tão melhor do que andar de carro ?

By on 31 Março, 2023

Porque será que sendo a maioria dos motociclistas automobilistas também, preferem sempre que possível ir de moto e não de carro ? O que é que a moto tem de mágico para que a escolha seja sempre as duas rodas em deterioro das quatro?

Mesmo que não sejamos um fanático das motos, um “Motard”, ( francesismo que normalmente descreve os mais radicais ) ou sejamos apenas um motociclista, ou seja, aquele que prefere a moto para a sua mobilidade, para todos existem razões comuns, quer de carácter emocional e social, quer outras de carácter mais prático, que fazem com que a moto seja sempre a sua preferida.

Para os mais cépticos que invocam o perigo que é andar de moto, ou os mais comodistas que preferem perder horas a fio no transito citadino, deixo-vos uma série de argumentos e o desafio para sairem da vossa zona de conforto e trocarem por um dia as 4 rodas pelas duas… não se arrependerão.

A Moto versus o Carro

#1 – Andar de moto é mais saudável

É de facto mais saudável, pois implica maior atenção, desperta os sentidos, respira-se ar fresco, é uma condução mais física e mais envolvente e que obriga mais músculos do nosso corpo a trabalharem, tem um efeito libertador do ponto de vista psíquico, quer pela sensação de liberdade que nos transmite o efeito do ar que nos bate na cara, quer pelo maior contacto com o que nos rodeia e pela maior capacidade de, a qualquer momento, mudarmos de direção e optarmos por um caminho diferente. É esse sentimento de pura liberdade, que remonta aos tempos em que o homem descobria o planeta, que caracteriza as sensações que nos invadem quando andamos de moto.

#2 – A cumplicidade entre motociclistas

Quase todos somos automobilistas porém, o andar de moto faz-nos sentir que somos um grupo à parte, mais exclusivo, basta ver que todos os motociclistas se cumprimentam na estrada, porque será ? Porque existe aquele sentimento de todos pertencermos ao mesmo “clube”, um sentimento que quebra barreiras e que aproxima as pessoas, uma cumplicidade que surge de uma forma natural e que nos faz sentir bem, uma espécie de “Prozac” tomado com duas rodas. É aquela sensação de conforto por sabermos que, por mais que te aventures na estrada e fora dela, sabes que nunca estás só, que qualquer problema que tenhas terás o próximo motociclista a parar e a perguntar se precisas de ajuda.

#3 – A facilidade em termos de mobilidade

A moto cada vez mais se afirma como a opção lógica para a nossa mobilidade diária, sobretudo nas grandes cidades. Rápida para chegar onde quer que seja, fácil de estacionar, prática no meio do trânsito da cidade ou nos acessos normalmente congestionados entre casa e escritório. Só o tempo que poupamos nos percursos e o nível de stress que nos retira todos os dias pela liberdade que nos proporciona, justificam a sua utilização.

#4 – A sua facilidade de personalização

Todos somos diferentes, todos temos necessidades diferentes no nosso dia a dia e razões para um determinado tipo de utilização da moto como forma de mobilidade. Seja por estilo, prazer ou necessidade a nossa moto faz parte de nós, é uma extensão da nossa personalidade e por isso a facilidade que permite a sua personalização é também um factor importante. O podermos facilmente personalizar a moto em função do nosso gosto ou da necessidade da sua utilização é um factor importante.

#5 – Os custos de manutenção e ou reparação são mais baixos

As motos são, sem dúvida alguma, uma opção mais económica não só na sua aquisição como também na sua manutenção ou reparação. Apesar da sua contínua sofisticação o facto de terem uma mecânica mais simples e uma exposição em termos de dimensão física mais contida faz  com que os seus custos de reparação ou manutenção sejam muito inferiores aos de um carro. Muitas motos inclusivamente partilham os mesmos elementos, sobretudo ao nível daqueles componentes de maior desgaste  ( pastilhas de travão, filtros de óleo, transmissões etc… ).

#6 – O Consumo é muito inferior

Logicamente que nesta matéria não existe comparação possível. Sem irmos para as motos elétricas que é uma realidade à parte e que de momento estão mais ou menos focadas numa utilização urbana, os actuais motores de combustão das motos são extremamente económicos e é comum termos consumos a rondar os 3 litros nas motos citadinas de 125cc e até aos 5 litros nas de maior cilindrada. Os tempos de deslocação são também menores na moto do que no carro pelo que o consumo ainda se torna menor, realidade que no final do mês, ao preço a que está a gasolina, pode pesar no nosso orçamento.

#7 – As motos são mais amigas do ambiente

As normas em termos de limitação de emissão de gases poluentes têm tornado as motos em veículos muito mais respeitadores em termos de emissões. Essa realidade associada ao menor consumo de combustível e à adopção de sistemas que desligam e ligam a moto, quando parados por exemplo num semáforo, contribuem para que a moto seja cada vez mais amiga do ambiente. A proliferação de utilização de motos elétricas nas cidades é um fenómeno em enorme expansão que, face á pressão global que continua a existir em matéria de contenção das alterações climáticas, continuará a justificar cada vez mais a sua adopção.

#8 – As motos são um investimento mais seguro

Considerando os custos de aquisição de uma moto versus os de um carro é óbvio que representa um investimento muito menor. Em termos da sua manutenção e consumos já referimos que a moto representa um investimento também menos avultado. Também o mercado de usados é menos susceptível a grandes desvalorizações face à idade da moto. Facilmente encontramos motos por exemplo com 20 anos com menos de 50.000 Kms, realidade quase impossível num automóvel. E por isso sofrem menos desvalorização face ao seu custo inicial. No caso da compra de uma moto usada é habitual conseguirmos ao fim de alguns anos da sua utilização um preço aproximado ao da sua compra.

#9 – Pelo preço de um carro utilitário posso ter a melhor moto do mercado

É um facto, pois para comprares por exemplo um carro desportivo  topo de gama  poderás gastar 150.000 euros ou mais, enquanto que com esse valor poderás adquirir as 6 motos desportivas mais relevantes do mercado.

#10 – A Moto como objecto de prazer

Finalmente a componente de “atração” que não seja a tal “fatal” … pois a moto ultrapassa muitas vezes as questões práticas da sua utilização.  Para além do prazer que sentimos em rodar na mesma existe também aquela relação emocional que nos liga à nossa moto e que nos faz “mimá-la” todos os dias. Hoje compramos uns piscas novos, amanhã damos-lhe um brilho com um produto que realça as suas cores e cromados, noutro dia vemos se está bem lubrificada, se as borrachas estão com a pressão certa, nas férias levamo-la a destinos de luxo com paisagens maravilhosas, no inverno cobrimo-la com uma manta quentinha e para o Natal prometemos-lhe aquele escape que ela gostaria de ter para fazer inveja às outras ( e tanto assim é que chega a causar o ciúme das nossas companheiras de vida, pois acham que lhes dedicamos mais tempo do que a elas… é certo, e porquê ? porque não nos exigem nada em troca )

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