Tipos de Capacetes para viajar de moto

By on 7 Fevereiro, 2023

A primeira parte da preparação de uma viagem, está em curso! Resumindo, já temos as baterias das câmeras, intercom e Powerbanks carregados, tomadas e cabos USB arrumados, câmera montada na moto, percurso carregado no GPS ou telemóvel, alojamento marcado (se for o caso), moto revista e pronta para ser carregada!

E agora, que falta? Que equipamento vamos usar?

Aconselhamos a pensar na segurança em primeiro lugar! Vamos então analisar os equipamentos a usar nas nossas viagens.

Hoje em dia, o mercado oferece um enorme leque de opções de equipamentos em marcas e modelos de capacetes, blusões, calças, luvas, botas, etc. com os mais variados designs, materiais com mais ou menos qualidade e para todas as carteiras.

Começando de cima para baixo, vamos hoje abordar o tema “Capacetes” que é o principal elemento de proteção e segurança ao conduzir uma moto.

Os capacetes evoluíram muito nos últimos anos, em vários aspetos diferentes. Nos formatos, na resistência e segurança, nos materiais utilizados, no conforto ou simplesmente no estilo! Hoje, temos uma grande variedade de tipos de capacete e marcas para escolher.

– Capacetes Abertos (Jet/Vintage/Trial) com ou sem viseira e alguns com pala. Estes modelos, são desenhados para um uso mais urbano, com mais ou menos “estilo” vintage e alguns específicos para a modalidade de Trial.

Contam com um “sistema de fecho rápido” na maioria dos casos. Em termos de segurança, no caso de uma queda, oferecem pouquíssima proteção, pois a nossa face está demasiado exposta! – Vamos esquecer estes para viajar? (nem mesmo no verão!)

Capacetes Modulares (de abertura da parte frontal para cima ou de queixeira removível) dispõem normalmente de viseira de sol interna, alguns com pala e “sistema de fecho rápido”.

O peso deste tipo de capacete é por norma mais elevado. Também estes modelos, têm uma componente de utilização urbana, pois permitem abrir o protetor de queixo, mas com a possibilidade de ficarem completamente fechados, a utilização em viagem é também muito comum.

Se usarem o capacete com a frente levantada, a exposição da cara ao perigo é quase como um “aberto”, comprometendo assim a segurança, sendo que a velocidades mais altas a parte superior quando aberto, oferece uma resistência muito grande ao vento, tornando a sua utilização desconfortável.

Grande parte das marcas “premium” produzem estes modelos, sendo alguns de grande qualidade e conforto. Para viajar, OK, mas aconselhamos o seu uso sempre fechado.

Capacetes de Motocross e Enduro. Integrais, leves, de design agressivo com uma forma particular da frente (entradas de ar) e pala de sol de grande dimensão. Incluem sistema de fecho com duplo anel D, aquele que é o mais seguro e utilizado em alta competição. São capacetes sem viseira e para uso com óculos de proteção.

Têm grande capacidade de ventilação e são específicos para a utilização em Off-road. São confortáveis, mas para viajar desaconselhamos. Em estrada, mesmo com uma boa proteção aerodinâmica da moto, a enorme pala a fazer de “vela”, chuva e frio a entrar em força, afastam estes modelos da nossa escolha para viajar.

Com motos aventure e em Off-Road são, no entanto, uma boa opção já que os óculos colocados junto à cara protegem de forma eficiente a entrada de pós, chuva, protegendo ainda da projeção de pedras ou objetos.

Capacetes Integrais. Pela sua construção mais fechada, os “integrais” são o tipo de capacete com as homologações mais altas a nível de segurança. São desenhados aerodinamicamente para condução a velocidades mais elevadas e a maior inclinação do piloto sobre a moto.

As marcas de referência optam todas por “Sistema de fecho em duplo anel D”. São geralmente de baixo peso, bastante confortáveis e com boa ventilação. Para viajar, numa moto touring, naked e/ou desportiva, sim, recomendamos!

Capacetes Dual Sport/Adventure Também dentro dos “integrais”, têm várias particularidades. Ideais para uma posição de condução mais direita, têm viseira, pala de sol e alguns modelos contam com viseiras escuras interiores e “Sistema de fecho em duplo anel D”.

Pela maior abertura e campo de visão que um integral convencional, permitem também o uso de óculos de motocross proporcionando uma maior ventilação e proteção quando rodamos fora de estrada. Quando enfrentamos muito vento, frio ou chuva…fecha-se a viseira.

A polivalência de utilização é a chave deste tipo de capacete. Para viajar, numa Maxi Trail / Adventure, sim, recomendamos!

Não abordamos o tema da insonorização dos vários modelos, pois apesar de haver uns melhores que outros, o uso de tampões nos ouvidos, é fundamental em todos!

Para uso em viagem, em muitas horas de condução por estradas e caminhos desconhecidos, a recomendação, recai nos capacetes integrais. A experiência diz-nos que uma proteção de qualidade superior na cabeça, pode fazer toda a diferença até com um impacto provocado por um pequeno detrito solto por um trator ou outra viatura. Neste equipamento, aconselhamos a não olhar a custos e apostar em qualidade (afinal, é a nossa cabeça que vai lá dentro e essa não tem preço).

A viagem é numa Maxi Trail/Adventure? Então a aposta deverá ser nesses modelos de capacete. Com a viseira e a pala (que muito ajuda para tapar o sol e desviar alguma chuva), a possibilidade de usar óculos de proteção tipo Motocross para melhorar a ventilação, têm o conforto, a versatilidade e a segurança que necessitamos.

Viajar de moto? Vamos, mas em segurança acima de tudo. O capacete é o elemento fundamental e principal para garantir a mesma.

Em próximos artigos a publicar, irei abordar mais a fundo outros equipamentos, bagagem, ferramentas, como carregar a moto e outras dicas sobre custos, poupanças e viajar em segurança.

Rogério Carrilho tem 57 anos e a sua paixão por motos nasce muito cedo com a sua primeira 50cc aos 10 anos. Na sua juventude e no seu grupo de amigos, todos eram apaixonados por motos. Alguns, mais tarde, tornaram-se campeões de Enduro, Motocross, Superbikes e participantes no Dakar! Hoje tornou-se uma espécie de “Lone Rider” e está sempre a imaginar a sua próxima aventura em duas rodas, diz que sozinho encontra melhor o seu caminho.

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