Customização: Buell XB12 by Bottpower

David Sánchez, da Bottpower em Valência, Espanha, faz parte de uma equipa conhecida por criar algumas das motos personalizadas mais loucas do mundo. Um bom exemplo é dado por esta Buell XB12.

Quando David não está a trabalhar na sua oficina, é porque está a ocupado noutros lados. O ano passado assinalou a sua 16ª temporada como engenheiro de dados e corrida no circuito europeu de Superbike e Supersport. Além disso, a XR1R da Bottpower venceu a sua classe no Pikes Peak International Hill Climb e terminou em 4º da geral em 2017.

Esta é a versão mais recente da série XR1 da Bottpower. Para quem não sabe, as Bottpower XR1’s são baseadas na série de motos XB12 da Buell. David e a sua equipa têm um stock de XB12 e, usam peças que também vendem em forma de kit, transformando-as com grande efeito.

Os fãs da Buell notarão que a distinta estrutura de alumínio de duas longarinas da moto foi substituída. Escondido sob a tampa do depósito de fibra de carbono está um novo quadro estilo espinha dorsal, que agora usa o motor Buell Thunderstorm de 1.203 cc como um membro integrante. Como o quadro Buell geralmente funciona como depósito de combustível, a Bottpower possui um sistema de célula de combustível de três estágios para as suas construções XR1. Uma célula fica sob a tampa do depósito, enquanto as outras duas células estão localizadas em ambos os lados da moto, atrás do cilindro traseiro e sob o assento. É uma maneira selvagem de armazenar combustível – mas também era o método da fábrica.

O motor é tratado com um novo sistema de combustível, coletores de titânio feitos à mão e um escape Torque Hammer. Respirando através de um sistema de admissão Bottpower, o motor troveja na estrada como poucas outras motos o fazem.

As bainhas da forquilha dianteira são de uma Buell 1125R, completas com o disco de travão radial obrigatório. Também embalando um conjunto de cartuchos K-Tech, funciona como um sonho, especialmente com os pneus Pirelli Diablo Supercorsa.

O monoamortecedor traseiro foi substituído por uma unidade Öhlins TTX, construída de acordo com as especificações exatas da Bottpower. Quanto aos travões, na frente está um cilindro mestre Brembo com uma pinça Buell de oito pistões. Na parte traseira está o cilindro mestre original da Buell, emparelhado com uma pinça Brembo escondida atrás do braço oscilante.

O guiador são as próprias barras compostas TA-KE da Bottpower, montadas nos seus próprios tirantes e braçadeiras triplas. A área do cockpit é incrivelmente simples, com um único medidor Motogadget Chronoclassic e ignição sem chave.

Para esta moto, o cliente tinha duas solicitações que se desviavam da fórmula XR1 usual da Bottpower. “Em vez de usar uma placa de matrícula plana como as que normalmente usamos nas nossas XR1s, o nosso cliente sugeriu que usássemos um farol de assinatura JvB-moto”, explica David. “É curioso ver como simplesmente mudando o farol, a estética da moto pode mudar completamente.”

E que diferença esse detalhe faz. David Sanchez e Jens vom Brauck (o ‘JvB’ em JvB-moto) são uma combinação feita no paraíso do motociclismo. O farol JvB-moto dá à moto Bottpower a quantidade certa de estilo café racer neoclássico .

O segundo pedido do cliente foi o assento. Perguntou a David se poderiam construir para ele uma unidade traseira sem os painéis laterais do rastreador plano usual da Bottpower, e David ficou mais do que feliz em atender. Embora, no final, a equipa tenha construído dois assentos – um com as placas e outro sem. Ambos feitos à mão em fibra de carbono, o cliente pode trocá-los em apenas um minuto.

Esta Buell é uma prova do motociclismo experimental. Combinando forma e função de uma forma que apenas um artesão muito experiente consegue fazer, é o tipo de moto que ficamos horas sobre horas a observá-la, debruçados sobre cada pormenor.