Carregamento elétrico mais caro do que reabastecimento?
Com o aumento dos preços da eletricidade e a diferença cada vez menor para o custo da gasolina, a ameaça de prejudicar os útlizadores de veículos elétricos em termos de custos, pode vir a tornar-se realidade.
Para incentivar o uso de veículos elétricos em vez de térmicos, apesar de um custo de aquisição muito maior, infraestruturas ainda não totalmente desenvolvidas e menor autonomia, os organismos públicos tem usado frequentemente o mesmo argumento: redução da poluição e menor custo de utilização.
Sucede que agora que o segundo argumento começa a cair por terra, à medida que os preços da energia continuam a subir, a ponto do custo de uma recarga exceder o de um depósito cheio de gasolina em alguns sítios. Isto é precisamente o que está a acontecer em Paris, onde a rede de recarga Belib’ acaba de atualizar significativamente a sua tabela de preços.
Principal rede de terminais da capital francesa, a Belib’ não só aumentou os seus preços, como também modificou o cálculo dos seus preços, passando a incluir o tempo de carregamento e também a quantidade de energia consumida. Embora seja difícil quantificar o aumento exato, muitos utilizadores afirmam ter visto sua conta quase dobrar.
Por exemplo, é preciso desembolsar entre 13 e 40 euros para recarregar 40 kWh, para cerca de 250 km de autonomia – consoante se utilize um terminal standard ou rápido de um serviço gerido pela TotalEnergies – e verifica-se que, no pior cenário, o custo por quilómetro da eletricidade é agora superior ao da gasolina para um automóvel de média dimensão. Também na Bretanha os franceses estão testemunhar aumentos de custos significativos, sendo anunciado que a partir de 20 de janeiro, a Ouest Charge aumentará o preço do kWh de 22 para 49 centavos.
A eletricidade continua a ser a energia mais barata para o uso de um veículo, mas será que a diferença cada vez menor para o custo da gasolina, justificará o custo adicional de aquisição por muito tempo? Veremos.
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