Ensaio – Yamaha XSR 700

By on 30 Agosto, 2016

Muitos de nós inspirámo-nos nos nossos pais para andarmos de moto e essa foi a primeira semente da paixão pelas duas rodas. A Yamaha lançou a marca Faster Sons com esta moto, criando um conceito e uma história fantásticas em que a XSR encaixa que nem uma luva.

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A Yamaha Europa, na pessoa do seu director de produto Shun Myazawa, convidou um dos mais importantes e criativos costumizadores da actualidade para dar vida a um protótipo que pretendeu mostrar ao mundo as linhas inspiradoras e o conceito da XSR700. Shinya Kimura é um japonês que fundou em 1992 a Zero Engineering, casa que criou um novo conceito minimalista e vintage no mercado custom. Em 2002, mudou-se de armas e bagagens para a Califórnia onde fundou a Chabott Engineering e continuou o seu trabalho de forma ainda mais livre e criativa, sendo também um entusiasta de testar ao limite as suas criações em pista e eventos desportivos. A marca Faster Sons, um conceito de motos e estilo de vida na realidade, foi inspirado na história de Kimura e do seu pai, que quando Shinya era apenas uma criança conduzia uma Yamaha XS 650 no Japão. Hoje com as motos que a Yamaha desenvolve, Shinya é, tal como todos os restantes motociclistas, um filho mais rápido que o seu pai, com melhores máquinas, ainda mais eficazes e brilhantes, mas com um estilo aproximado que as torna mais do que nostálgicas, torna-as desejadas.

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Base MT-07

A XSR é uma derivação estética da muito eficiente e recordista de vendas da Yamaha, MT-07, uma moto de grande sucesso comercial e com um carácter muito polivalente. As alterações introduzidas são profundas, mas principalmente a nível de aspecto. O motor, quadro e principais elementos ciclísticos são os mesmos da MT. Mas esta é uma realidade bem positiva, pois mantendo as características que fazem da MT-07 uma moto tão divertida e eficiente, a Yamaha só tem a ganhar com isso e os clientes também. As únicas diferenças não estéticas para a MT são o peso, a XSR é quatro quilos mais “gorda” e a posição de condução, que faz o condutor sentar-se 10mm mais acima e ter o guiador mais alto e próximo do corpo, tornando-a mais relaxada e confortável nas toadas mais calmas associadas a este segmento. Na a moto, tudo muda, o depósito está escondido pelas duas tampas de alumínio laterais e uma plástica superior, o farol é inspirado nas bicicletas “pasteleiras” e veio da XJR, o farolim traseiro foi emprestado pela XV 950, o banco e as diversas tampas laterais foram desenhadas especificamente para a moto, bem como o sub-quadro, cujo final é aparafusado para que na transformação da moto não seja necessário recorrer à rebarbadora para o cortar. Os pormenores estão lá e a sensação de qualidade também, a Yamaha não a descurou na construção da moto, tendo criado uma enorme linha de acessórios para customizar a moto ao estilo e interpretação de cada futuro cliente.

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Estilo divertido

Dinamicamente a XSR não perdeu nada relativamente à MT, continua muito divertida e simples de conduzir em todas as situações, com o bicilíndrico a puxar sempre bem desde baixas rotações e com muita vontade de nos fazer andar rápido. A XSR pode ser apenas uma moto com bom aspecto, num ritmo suave numa marginal ou estrada de campo, como pode ser uma ferramenta de muita precisão e garra numa estrada de montanha como aquelas que apanhámos na apresentação internacional na Sardenha e que revelaram uma loba em pele de cordeira, especialmente se tiver uma ponteira Akrapovic montada. Os pneus Pirelli Phantom de inspiração retro, são uma excelente surpresa e a moto curva que se farta, com a travagem também a bom nível. O conforto é bem real, seja pelo banco bem dimensionado e recortado, seja pela posição relaxada, é claro que não há protecção aerodinâmica, mas isso é parte do charme. É de facto uma moto de inspiração retro mas que nos faz enquanto filhos ser bem mais rápidos que os nossos pais, com a capacidade que a XSR tem de nos deixar com um enorme sorriso na cara depois de uma volta. Uma palavra para a instrumentação e para a simplicidade da moto, um mostrador muito bonito, completo e todos os comandos apenas com o essencial, tal como as motos de outros tempos eram. A XSR é mais do que uma MT-07 mais cara, é uma moto que vai apelar a quem quer personalizar uma “base” que apenas lhe trará alegrias e nenhuma preocupação. É um produto de qualidade, retro sem ser velha à saída da caixa, um produto que vem na linha daquilo que as novas gerações buscam, uma moto nova, eficiente, dinamicamente evoluída, mas com o toque retro/vintage/heritage que está tão em voga. A XSR é também a neo-retro mais barata do mercado, isto no que toca a propostas com dois ou mais cilindros o que a torna num produto muito apetecível.

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Ficha técnica

Yamaha XSR 700

Cilindrada- 689 cc

Potência- 75 cv

Depósito- 14 lt

Peso- 186 kg

Tipo: 2 cil em linha

Distribuição: 4 válvulas

Binário: 68 Nm

Embraiagem: Húmida, multidisco

Caixa: Manual 6 velocidades

Transmissão: por corrente

Quadro: em aço tipo diamante

Suspensão dianteira: forquilha convencional, 130 mm curso

Suspensão traseira: monoamortecedor , 130 mm curso

Travões: dois discos de 282 mm + disco de 245 mm

Rodas: 120/70-17” 180/55-17”

Distância entre eixos: 1.405 mm

Altura do assento: 815 mm

Cores disponíveis:

Forest Green

Garage Metal

60th Anniversary

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Preço Base: € 7.795

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Texto: Hugo Ramos

Fotos: Yamaha

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